Na busca por um mundo mais humano, qual é o papel da joia?
Tecnologia e acessibilidade na joalheria.
A edição de hoje veio inspirada por uma entrevista que dei ao IBGM e falávamos sobre como a joalheria pode ser aliada a tecnologia para tornar o mundo um lugar mais equitativo.
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Estamos em uma crescente sensação de solidão apesar da interconectividade proporcionada pela tecnologia, como podemos inovar no design de produtos tecnológicos para realmente cultivar a autenticidade das relações humanas e promover um verdadeiro sentido de comunidade e pertencimento?
Pelo movimento que temos visto, as joias ganharão cada vez mais um sentido utilitário aliado ao estético. A tecnologia nos permeia e será inevitável que faça parte dos nossos produtos. Já temos alguns protótipos incríveis de peças que promovem maior inclusão, como colares produzidos para melhorar a experiência de mulheres surdas num mundo orientado para o som. As marcas podem desempenhar um papel essencial que é diminuir as diferenças que existem dentro da sociedade.
O foco na comunidade também pode aparecer a partir do momento em que utilizamos a tecnologia para perpetuar nossos saberes artesanais. Nos conectamos a partir do que possuímos, objetos que contam a história de quem somos. Existe uma valorização do que é local, quase como um movimento de desglobalização. Expandimos e exploramos muito do mundo, e podemos voltar para valorizar o que temos de mais precioso internamente. Há exemplos na Itália de sapateiros que detinham habilidades manuais muito específicas e encontraram na projeção 3D o que faltava para darem continuidade à sua manufatura.