4 meses atrás eu escrevi sobre a interação da Inteligência Artificial com a Joalheria - deixarei o link no final dessa edição, para recordar. Hoje quero retomar um pouco essa conversa, aprofundando e ampliando mais.
Acredito que a maioria das pessoas que aprenderam joalheria, começaram pelo artesanal, observando quem sabe fazer e pegando até os mesmos trejeitos. Esse é o nosso lugar seguro. Não é a toa que ao imaginar uma máquina realizando todos os processos, damos um passo para trás - a joia é inerente ao homem, ela só existe por nossa causa e só tem sentido por nossa causa também.
Não estou aqui para defender a tecnologia passando por cima de tudo, venho aqui com uma bandeirinha da paz para debater sobre esse assunto que tenho estudado bastante - por mais que, enquanto joalheira, eu ame a artesania, como coolhunter já me dei conta de que negar a tecnologia não fará com que ela desapareça.
A tecnologia não vai roubar nosso emprego, quem vai roubar o nosso emprego são as pessoas que estão usando a tecnologia a favor delas.
Muitas funções que existiam no passado, perderam os seus lugares para a automação, e os filhos desses empregados já tinham os empregos seguintes à essas máquinas, controlando-as. As gerações se adaptam e novas ocupações nascem.
"Todas as mudanças da nossa vida hoje contém tecnologia, ela é o acelerador da humanidade. Por causa dela, tudo o que fazemos está sempre em processo de transformação. Tudo está em fluxo. Nada está concluído. Nada está feito. Essa mudança sem fim constitui o eixo central do mundo moderno." - Kevin Kelly
A joalheria só foi criada por causa da tecnologia - as ferramentas que perfuravam as sementes e conchas para passar uma fibra eram o auge tecnológico, o fogo e o martelo para fundir e moldar o metal eram o que poderia existir de mais moderno.
E no entanto, depois de um certo tempo, nos sentimos ameaçados pela tecnologia, como se ela própria tivesse ultrapassado seus criadores.